“Neurastenia”, ou shénjīng shuāiruò [神經衰弱]

Em 1869 o neurologista americano George Miller Beard (1839 – 1883) popularizou o termo neurastenia como um estado decorrente do esforço excessivo sobre o sistema nervoso, com sintomas físicos e psíquicos variados. O termo encontra-se ainda presente na CID‑10 de 1989 da OMS sob o código F48.0, apesar de já estar em desuso na prática médica atual no Ocidente.

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Mais Déjà Vu: Pesquisas Sobre o Uso Medicinal dos Alucinógenos

“As cores pareciam mais intensas e brilhantes. Senti uma nova consciência da beleza física do mundo, particularmente das harmonias visuais, cores, jogos e luzes e primor dos detalhes. E quando fechei os olhos apareceu uma multidão de figuras, de formas abstratas, cenas dramáticas de homens e animais em terras exóticas e épocas antigas. Apareceram então linhas ondulantes, grades, mosaicos, tapetes de flores, moinhos de vento, paisagens, ‘arabescos espiralando-se na eternidade’, a face de Buda, a face de Cristo, os lugares das moradas míticas dos deuses, a imensa escuridão do espaço.”

(Uma descrição da experiência subjetiva pós-ingestão de LSD.)

Uma leitura de velhos compêndios médicos podem proporcionar surpresas. O uso tão badalado atualmente de alucinógenos para tratamento de transtornos psiquiátricos, por exemplo, nada tem de novo, com períodos de maior e de menor interesse do século XIX para cá.

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Neurociências na Psiquiatria

Apesar da importância da compreensão dos circuitos cerebrais que influem no comportamento, existe ainda entre alguns profissionais da área de Saúde Mental uma certa resistência à mudança de paradigmas, sendo o estudo das Neurociências muitas vezes ainda considerado como excessivamente reducionista e restrito à esfera biológica.

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