Há uma profusão de microssistemas dentro da Acupuntura, e em alguns deles (por exemplo naquele do crânio e no da mão) existe mais de um mapa de representação do corpo humano. E isso naturalmente suscita a questão de qual deles seria o “verdadeiro”.
Ou talvez esta representação não seja tão rígida:
A YNSA é um método de tratamento flexível, interligado e interativo, o qual se ajusta às necessidades individuais de cada paciente. Não é correto afirmar que os pontos do YNSA devem ser reservados única e exclusivamente para um tipo de distúrbio. Pode ser, por exemplo, que o Ponto A, isto é, a nuca, deva ser submetido à acupuntura para melhorar dor nas costas e vice-versa. da mesma forma, é possível agulhar um ponto do Rim para tratar dor de cabeça. Tudo depende, enfim, do achado individual em cada paciente.
(YAMAMOTO, 2007.)
A introdução do livro Micro-Acupuncture in Practice corrobora tal impressão ao mencionar a Teoria Bio-Holográfica, desenvolvida na década de 70 pelo professor Zhang Yin-Qing da Universidade de Shandong. Assim como no filme holográfico, onde cada fragmento — ao mesmo tempo — constitui parte da imagem e contém a totalidade dela, cada parte do corpo constitui parte da imagem corporal e contém a totalidade de sua representação. Ou seja, cada parte do corpo apresenta diferentes representações nos vários microssistemas.
Muito provavelmente não existam mapas que sejam verdadeiros em todos os casos e nem todos os pontos de todos os microssistemas estarão “ativos” numa dada situação, mas os que assim estiverem terão sua utilidade para diagnóstico e/ou tratamentos.
Bibliografia:
Wang, Y. Micro-Acupuncture in Practice. Seattle, Churchill Livingstone, 2009.
Yamamoto, T. Nova Craniopuntura de Yamamoto, NCY. São Paulo: Roca, 2007.